Como marcas nativas digitais conquistam clientes no mundo físico

Amit Eisler, CEO da Zissou, conta como as marcas podem encantar os clientes também no mundo offline

 

Amit Eisler

 

A tecnologia possibilitou que lojas físicas, que antes só alcançavam os clientes que passavam pela região, se tornassem acessíveis em qualquer lugar do mundo através da internet. Quase como uma consequência, as marcas DNVBs foram criadas – empresas verticais e nativas digitalmente.

 

O termo foi cunhado por uma marca dos Estados Unidos, a Bonobos, que vende roupas personalizadas pela internet. O diferencial entre ser um e-commerce e uma loja física tradicional é que as DNVBs ficam no meio – elas foram criadas para o meio online, mas realizam ativações em diversos locais físicos. Algumas das marcas brasileiras do tipo DNVB são a Livo, Zissou e a Yuool.

 

Amit Eisler, fundador e CEO da Zissou, esteve no evento Audaz da StartSe nesta quinta-feira (6). Ele contou como a Zissou trabalha para conquistar os clientes no mundo físico – principalmente para uma startup que vende colchões e outros produtos para o sono.

 

No caso da Zissou, eles possuem um empreendimento chamado de “Casa Zissou” que se torna um guideshop – um local em que as pessoas podem provar e comprar o produto na hora. No entanto, mais do que isso, a Casa se tornou também um local de experiências que tem tudo a ver com a marca, fortalecendo a relação com os clientes.

 

Dessa forma, quando o marketing digital alcança os clientes no mundo online, os que possuem interesse podem encontrar e testar os produtos da marca em São Paulo. “Toda a interação e storytelling é inicialmente – ou completamente – feita através da internet. As redes sociais, para nós, é uma forma de se conectar com os consumidores e de criar histórias”, comentou Eisler.

 

Um exemplo de como a Zissou “criou uma história” foi na Copa do Mundo. Quando o lateral esquerdo do Brasil, Marcelo se machucou na Rússia, a Zissou fez uma operação para enviar um novo colchão para ele. Na época, um dos médicos da CBF afirmou que a causa da lesão poderia ser o colchão do hotel.

 

Com a iniciativa, a marca online se tornou mais reconhecida dentro e fora da internet. Foram 78 matérias publicadas, 20 postagens em redes sociais, 3 divulgações no Youtube, 2 reportagens televisivas, 1 publicação impressa e 2 veiculações em rádio, devido ao episódio, segundo Amit.

 

Outra iniciativa da marca DNVB para impactar os consumidores no mundo offline foi o fechamento da Casa Zissou em plena Black Friday. A marca afirmou que é contra a data, pois a dor de cabeça que os clientes poderiam ter devido as compras a mais poderia tirar o sono deles. Uma das frases da campanha era “Carregar peso na consciência ou carregar bagagens de novas aventuras?”.

 

Mas, é claro, de nada adianta atrair a atenção do mundo físico para a marca nativa online se a experiência não irá conquistar o consumidor. “Nesse um ano e meio de jornada, o nosso grande ponto é ter uma intimidade com os consumidores que se dá através da marca, produto e experiência. Se um deles falhar, acabou o negócio. Se o cliente não tiver uma experiência impecável, se a logística, pagamento e atendimento não funcionar, acabou”, finaliza Amit Eisler.

 

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