Essas empresas querem que você durma mais e melhor


Startups dentro e fora do brasil se voltam para um mercado cada vez mais promissor: o do sono de qualidade


Sócios da Zissou - GQ

 

Está com sono agora? Deveria, pois existe um bom número de pessoas pensando em você neste exato momento (e querendo que você vá dormir). Não estamos falando de cientistas e pesquisadores que estudam os efeitos do sono na produtividade, na fertilidade e no humor, mas sim em um grupo de administradores, desenvolvedores e empreendedores que formam e se alimentam da indústria do sono.

Cada vez mais startups têm se voltado para um mercado que cresce seguindo duas ideias razoavelmente simples: 1. Dormir é uma das necessidades mais básicas do ser humano; 2. Pessoas investem em sono de qualidade quando percebem que precisam dele.

"Se você reparar, as pessoas investem em alimentação, investem em uma série de coisas cotidianas, mas ninguém para para pensar: 'como eu estou dormindo? Como eu posso melhorar isso?'", diz o empreendedor Amit Eisler, co-fundador da Zissou, uma startup brasileira do sono que tem chamado a atenção de investidores-anjo pelo país.

 

O negócio fundado por Eisler e os sócios Ilan Vasserman e Andreas Burmeister foi o primeiro a trazer para o país um fenômeno americano chamado Bed In A Box, criado por uma empresa chamada Casper - que, como o nome revela, faz sucesso vendendo colchões dentro de caixas nos Estados Unidos (prensados em um tamanho reduzido e enrolados, eles voltam ao normal depois que você abre a caixa no seu quarto).

 

"Acontece que a ideia deles não foi só de criar um colchão em uma caixa", diz Vasserman. "Mas sim de fazer as pessoas pensarem em que tipo de inovações elas querem para que o sono delas melhore, que foi o que trouxemos", completa. Os sócios revelam que o colchão é só o primeiro de uma série de produtos como travesseiros, lençóis e fronhas, todos com tecnologia de ponta, que chegarão ao mercado a partir de 2018.

 

Caixa para cá, caixa para lá

 

Trazida ao Brasil com aval da empresa americana, mas por conta própria, a tencologia dos colchões de espuma prensados (bem mais confortáveis do que os de mola, garantem os sócios) se transformou no primeiro produto da Zissou a atingir o mercado, em junho de 2017. O resultado, por enquanto é encarado como mais do que positivo: em menos de seis meses, 750 mil reais em vendas e apenas apenas uma devolução.

 

Além disso, a abordagem do trio pode explicar um pouco do sucesso. "Nós viramos maníacos do sono", brinca Burmeister. "Perguntamos às pessoas se elas dormem bem, como dormem... Quando vamos a um hotel, por exemplo, levamos uma caixa no porta malas e, se a cama for ruim, fazemos o teste e vendemos a unidade na hora", conta.

 

O cotidiano do trio nos últimos seis meses tem sido dormir e vender. No fundo da loja nos Jardins, um quarto completo decorado e equipado com a assistente digital Alexa, da Amazon, serve para clientes (e proprietários) tirarem um cochilo quando quiserem. "Aqui é a primeira loja de colchões em que você se sente em casa, até por que não é uma loja de colchões", diz Eisler. "Nós só queremos que você durma melhor", conclui.

 

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